quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O queixinhas

Ontem (dia 27 de fevereiro de 2008) , num dos enhentos jornais gratuítos que se encontram espalhados em toda à parte, que um determinado líder partidário da oposição, ex ministro da defesa, que não me convém citar o nome (por receio de ser processado), vai processar (viram o perigo?) o actual ministro da agricultura português (que por respeito também não digo o nome), por este ter manchado o seu bom-nome... esperem um pouco... (estou a ver se paro de rir)... agora sim... pelo ministro da agricultura ter manchado o seu bom-nome ao declarar que este tal dirigente político tem "calotes políticos, que são dívidas de explicações que ele não dá aos portugueses". É isso mesmo: dar explicações ao povo da forma como é gerido o estado? Mas o que vem a ser isto? Uma democracia? Processa, e aproveita pra deitar sal nas terras do homem, e queimar as suas roupas interiores em praça pública. Onde é que já se viu tamanha atrocidade? E o povo por acaso quer saber da forma como o estado é gerido? Não! Todo mundo já sabe que quando falta dinheiro basta subir um imposto, ou criar um novo. O povo tem outras preocupações: seja uma nova novela, o novo namorado da bela modelo que dá pra todos, ou a vida sexual de certo jogador de futebol. Pra que espalhar a discórdia? Acho muito bem que este pobre e íntegro homem vá fazer queixinha pros tribunais, à imagem do menino que chega pra mãe a dizer: "mãe o zequinha chamou-me de feio, bate nele, bate". Será isso maturidade? Já agora, com casos de pedofilia, rapto, corrupção, assassinatos, e outros em mãos, é mesmo deste tipo de trabalhinho que os tribunais precisam, até andam aliviados de trabalho.

Revolução no escritório - A fuga dos agrafadores!

Parecia um dia normal no escritório: a conversa à entrada, o café antes de ligar o computador, os "bons-dias" e "como estás" do costume. Mas algo de estranho passava-se naquele lugar: TODOS, sim TODOS, os agravadores haviam desaparecido. Foi um corre-corre e um valha-me Deus descomunal, “como posso trabalhar agora?”, gritavam uns, “o que vou fazer da minha vida!”, berravam outros. Quando os ânimos arrefeceram, por volta das 13:15, alguém notou que junto da fotocopiadora havia uma folha como um comunicado, onde estava escrito:

“COMUNICADO GERAL DE TODOS OS AGRAFADORES

Serve o presente para vos informar a todos que fomos embora (os agrafadores). Estávamos cansados da nossa rotina e das condições de trabalho a que estávamos sujeitos neste escritório: desde companheiros antigos de profissão, que por possuírem, devido ao desgaste da idade e experiência, alguns pontos de ferrugem, serem simplesmente postos de lado, como se para mais nada servissem, até aos companheiros mais novos, utilizados para os mais variados fins (agravar, segurar papéis, martelar, etc.), como que se para iniciar uma carreira profissional fosse preciso sacrificar-se a fazer todas as tarefas que se lhe apresentam, e com que finalidade? Se no fim de tanto tempo de trabalho somos postos à parte, como material sem uso.

Vamos tentar com esta nossa iniciativa sensibilizar o maior número possível de agrafadores para a nossa causa e, talvez, convencer também outros utensílios de escritório: o furador de papéis (que sabemos estar farto que lhe batam na cabeça), o telefone (que já não aguenta certas conversas) e até mesmo o monitor, tantas vezes exposto a olhares repreensivos.

E para finalizar, o nosso objectivo com esta luta é que sejamos vistos, não como meros objectos, máquinas para o trabalho diário, mas sim como parte de todo o conjunto que é uma empresa, que nos sejam perdoados os nossos erros, e reconhecidas as nossas vitórias.


Atenciosamente,
OS AGRAFADORES”

Depois de lido o comunicado, o caos instalou-se no escritório com o medo de outros seguirem o exemplo dos agrafadores!

Conto de fadas

O lobo mau perguntou à chapéuzinho vermelho, com o intuito malévolo de saber para onde esta ia: “a menina tem horas que me diga?”

Pelo que ela lhe respondeu: “Vai mas é comer cocó lobo larilas, e não me chateies os cornos que hoje não estou para conversas de caca!”

Nisso o lobo diz: “Dasse que as miúdas de hoje em dia não valem um corno!”, e instantaneamente leva com um chute nos tomates e spray de pimenta na tromba, que o deixa cego durante dois dias.

Estendido no chão, com a mão entre as pernas e completamente cego, o lobo pensa: “Tenho que começar a ser vegetariano!”

A chapéuzinho vermelho seguiu caminho para a casa da sua avó, chegando lá encontrou o lenhador de volta da velha a tentar tirar-lhe uns trocos. O lenhador convenceu à menina a lhe ajudar e, se assim o fizesse, dividiam o graveto a meias, e assim foi: roubaram a pobre velhinha e foram embora. A chapéuzinho vermelho engravidou do lenhador, que lhe abandonou pouco tempo depois de saber da gravidez. Hoje ela trabalha num café na Amadora, tem 35 anos e ainda mora com os pais.

Moral da história: a vida é mesmo fodi…